Os resultados do inquérito ao emprego demonstram, que a população activa cabo-verdiana situa-se em cerca de 183 mil indivíduos, um acréscimo de cerca de 2.500 indivíduos relativamente a 2005. Dos cerca de 150 mil são empregados e 33 mil são desempregados. A taxa líquida de actividade é de 62,6% em 2006, 1,4 pontos percentuais menos do que em 2005.
O inquérito do INE/IEFP indica que entre 2005 e 2006 foram criados cerca de 18.900 postos de trabalho. No mesmo período foram distribuídos aproximadamente 6 mil postos de trabalho, pelo que se conclui por uma criação líquida de quase 13 mil postos de trabalho.
De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, a redução do desemprego verificou-se em todas as ilhas. Na Praia, o desemprego baixou para 15,5 por cento (7800 desempregados) e no Sal baixou consideravelmente 9% (860 indivíduos). No Fogo caiu para 12 por cento em relação a 2005 (20%), tendo as ilhas de S. Antão e S. Vicente registados ainda maiores taxas de desemprego.
Destaca-se, pela positiva, uma maior redução da taxa de desemprego entre a camada jovem, sendo 9 pontos percentuais entre os 15 e os 24 anos, situando-se em 32%. O INE constatou que em ambos os sexos há uma redução da taxa de desemprego, com excepção das mulheres entre 45 e 54 anos em que a taxa aumentou duas décimas de pontos percentuais. O número de desempregados entre os jovens é, neste momento, de aproximadamente 17.500.
O inquérito analisou, igualmente, os dados por ramo de actividade e constatou que dos 19 mil postos de trabalho criados em relação a 2005, praticamente 10 mil foram criados na Agricultura e na Indústria Extractiva – 5.467 e 4.382 -, respectivamente.
Esses dois sectores, segundo os dados do INE e do IEFP, foram responsáveis por mais de metade da criação bruta de emprego e por cerca de 76% da criação líquida de emprego. Constata-se, ainda, que os trabalhadores por conta própria foram responsáveis por cerca de 69% da criação líquida de empregos e 47% da criação bruta, o que demonstra claramente o peso do auto-emprego, particularmente, no sector primário como a principal razão pela criação de empregos no país.
O Inquérito ao Emprego aponta também para a continuação da melhoria nas condições de vida das famílias cabo-verdianas. Em todos os indicadores analisados, segundo o INE, verificam-se melhorias substanciais em relação a 2000. Por exemplo, em 2006 verificou-se que há cada vez mais pessoas com casa própria (72.6%), e também que a posse de casa de banho e retrete está a tornar uma realidade entre as famílias cabo-verdianas (47.8%), pese embora ainda haja uma percentagem considerável de pessoas sem casas de banho (45%).
Relativamente a origem da água potável o inquérito frisa que continua a aumentar a proporção de famílias ligadas à rede pública (37.3%).