O Fundo Monetário Internacional (FMI), através de uma análise publicada no seu site, elogiou quinta-feira, 11 Agosto de 2005, a economia cabo-verdiana e aconselha prudência no processo de desempenho da mesma.
No comunicado afirma-se que “os desequilíbrios macro-económicos que emergiram durante o período pré-eleitoral em 2000 desapareceram”, acrescentando que “o crescimento real do PIB tem sido robusto, apoiado por investimentos públicos e privados no turismo e infra-estruturas”.
Recorde-se que há cerca de três meses o FMI mencionou, num outro comunicado, alguns dos pontos positivos da economia cabo-verdiana, quando foi anunciada a concessão a Cabo Verde da última prestação de 1,9 milhões de dólares do programa de Redução de Pobreza e Crescimento Económico, no valor de 12,8 milhões de dólares.
No comunicado de quinta-feira, a referida instituição repete esses pontos positivos e sublinha que a inflação continua “consistentemente baixa, que as reservas internacionais aumentaram e a dívida externa é “relativamente pequena”, o que tem resultado na redução da pobreza abrindo caminho para a graduação de Cabo Verde no estatuto de rendimento médio no próximo futuro”.
No entanto, os directores do FMI “observaram” que a economia cabo-verdiana “permanece vulnerável a choques externos devido à sua grande dependência em financiamento externo em termos concessionários e à estreita base das exportações”.
Deste modo, os mesmos directores recomendam às autoridades cabo-verdianas que mantenham políticas macro-económicas e fiscal “prudentes”, especialmente no período antes das eleições no início de 2006.