Cabo Verde foi considerado em Janeiro de 2006 pelo Wall Street Journal e Heritage Foundation como segundo país com mais liberdade económica de África, integrando o grupo restrito dos cinco países “maioritariamente livres”, como o Botswana, África do Sul, Madagáscar e Uganda.
Segundo uma nota de imprensa do Ministério das Finanças e Planeamento, “Cabo Verde integra o ranking desde 1996 e atinge o seu melhor desempenho agora em 2006 com 2,69 pontos. Em 1996 o valor era de 3,55 e atingiu o máximo em 1999 com 3,76 pontos”.
Este arquipélago ocupa a segunda posição a nível do continente africano, integrando o grupo restrito dos cinco países “maioritariamente livres”, a saber: Botswana, Cabo Verde, África do Sul, Madagáscar e Uganda. Tal evolução representa um salto considerável com relação à 23ª posição que ocupava em 2001.
A nível mundial, Cabo Verde passou do 110º lugar ocupado em 2001 para o 46º lugar em 2006, num universo de 161 países, pouco abaixo de países como a França e a Itália e acima de países como a Grécia, o Brasil, o México, a África do Sul, Argentina, Kuwait, Marrocos, Tunísia, Paraguai.
“As variáveis que servem de base à construção do índice estão agrupadas em dez categorias: política comercial, carga fiscal do governo, intervenção do governo na economia, política monetária, fluxos de capitais e investimento externo, sistema bancário e financeiro, salários e preços, direitos de propriedade, regulação e actividade no mercado informal. Quanto menor for o valor do índice menor é o nível de intervenção do governo e maior é a liberdade económica existente no país”, lê-se na nota do MFP.
“Este excelente resultado obtido por Cabo Verde, com base nesta metodologia rigorosa e abrangente de análise da envolvente económica, está em sintonia com os últimos indicadores disponíveis para a economia do país e com as avaliações de outras prestigiadas instituições internacionais. Confirmam assim a trajectória ascendente da economia do país, em que o ano de 2005 assume-se, pela positiva, como paradigmático, em termos de crescimento económico, de acumulação de reservas cambiais, de evolução do turismo, das taxas de juro, do investimento público e de confiança dos operadores, nomeadamente”, conclui a mesma nota.
O índice de Liberdade Económica elaborado pelos prestigiados Wall Street Journal e Heritage Foundation dos Estados Unidos da América é, um indicador construído com base nos factores que mais influenciam um enquadramento institucional favorável ao crescimento económico. Procura estabelecer uma correlação positiva entre liberdade económica e prosperidade. Constitui ainda, um indicador de referência e a mais profunda fonte de informação para investidores, executivos políticos e académicos.